domingo, 20 de março de 2011

Cursinho Popular - PAIDEIA



Neste sabado, 19 de Março, aconteceu a aula inaugural do cursinho Paideia na Escola Estadual Ataliba de Oliveira.

Trabalhando em conjunto com a Rede Emancipa - Movimento Social de cursinhos populares, o projeto tem por objetivo trazer à comunidade de São João Clímaco, Heliópolis, Sacomã, Ipiranga e redondezas um curso preparatório ao vestibular, esse curso tem por objetivo fazer o estudante rever o conteúdo aprendido ao longo da vida escolar para que, preparado, possa ser classificado nos tradicionalmente concorridos exames vestibulares.










Venha estar conosco !

Escola Ataliba de Oliveira, turmas aos Sabados no período da manhã e da tarde.

sábado, 12 de março de 2011

Pessoas: Por Cátia Rangel

Estive pensando...

Convivemos anos com algumas pessoas que, passo a passo, destroem e/ou constroem coisas boas em nós, e, nós nelas também. Este processo pode ser involuntário ou não, depende de muitos fatores.

Em contrapartida, encontramos pessoas que levam milésimos de segundos para nos conquistar plenamente e passar a vida inteira construindo em nós.

Conheço pessoas há anos, das quais não sinto tanta urgência pela companhia, isso depois de muitas turbulências que foram cobrindo de negro a extensão da relação.

Conheço pessoas de um período recente, pelas quais arrastaria um bonde, e sei que elas, em contrapartida, fariam o mesmo por mim.

Conheço pessoas há anos, as quais considero uma esperança, esperança de que é possível haver plenitude em um relacionamento. Essas pessoas são raríssimas!

Há pessoas que não vejo há meses, há anos até, mas são extremamente importantes para mim, e leais ao nosso relacionamento.  

Não taxo lealdade aqui como o ato de nunca cometer um erro, nunca mentir, nunca falhar. A idéia por trás desta palavra, aqui, é aquela de manter um laço inquebrável, que permite o perdão, que doa o perdão, que julga sempre o outro maior que a si mesmo, o que gera um compromisso de dignidade entre ambos.

Nesta esfera, lealdade não significa que não haverá discórdia, discussões, brigas e até alguns palavrões de vez em quando, na verdade, significa que após alguns segundos de turbulência, haverá uma inconformidade em estar separado. Lealdade funciona mais ou menos assim, em minha opinião.

Há pessoas que vejo todos os dias, para as quais não dispenso confidenciar uma simples notícia. Há outras, porém, por quem anseio um contato para contar todo meu dia.

Vi pessoas erguerem-me de covas. Outras lançaram-me nelas.

Conheço pessoas que por me dizer a verdade, fizeram-me chorar e repensar minhas atitudes.

Conheço pessoas, também, que por nunca me dizer a verdade, também, me fizeram chorar e repensar minha existência.

Há pessoas, pelas quais eu desistiria de um grande sonho para vê-las realizar o seu.

Há pessoas que lançaram meus sonhos no abismo por uma utopia sentimental.

No fim das contas, descobri que ganhei bastante experiência convivendo com as pessoas, o que não significa que estou preparada plenamente para lidar com elas, mas que conheço alguns caminhos por onde não andar, e por onde andar também.

Descubro a cada dia as minhas imperfeições, meus delitos, minhas falhas, o que, também, não me isenta de não mais cometê-las, infelizmente.

Há muitas coisas impressionantes em nós e nos outros, afinal, somos seres humanos, somos o mistério mais precioso de Deus, sua obra prima.

Somos a insegurança, a impossibilidade, a incerteza, a deficiência, a dúvida...

Somos a esperança, a cura, o elo, a fortaleza.

Somos a maldade, o desprezo, a mazela, o descuido.

Somos o cuidado, a caridade, a presteza, a mão estendida.

Somos pouco e muito.

Somos nada e tudo.

Somos... e ponto!

“Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter...” (Engenheiros do Haway)

Cátia Rangel

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Cátia Rangel é eduadora universitária da escola Ataliba de Oliveira, etudante do curso de Letras na Faculdade Anhanguera Educacional.
02/03/2011