domingo, 23 de outubro de 2011

Ser Voluntário

Almoço - Família Ataliba

Neste sábado, 22 de Outubro de 2011, o Programa Escola da Família em Ataliba de Oliveira realizou um almoço para os pais dos alunos da Escola. Com o intuito de estreitar os laços entre a escola e a comunidade e demonstrar a amplitude do projeto.

A Profª Eliete, demonstrou em uma palestra os trabalhos realizados por seus alunos da Escola Ataliba de Oliveira. Tendo como foco a análise do audio-visual conforme os acontecimentos contemporâneos.

Agradecemos à toda a comunidade que participou dessa realização.












Treino de Futebol








Redação do Enem traz tema "viver em rede no século 21"

Candidatos escreveram sobre os limites entre o público e o privado




23/10/2011 - 15:21
A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano trouxe como tema "viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado". O Ministério da Educação confirmou a informação repassada pelos primeiros candidatos a deixarem o local de prova.

De acordo com o MEC, duas reportagens e uma tira de quadrinhos foram os textos de referência da redação. São elas as matérias "Liberdade sem fio" e "A internet tem ouvidos e memória", publicadas pela revista "Galileu" e pelo portal "Terra", respectivamente, e uma tira da série "Quadrinhos dos anos 10", do cartunista André Dahmer.

A questão das redes sociais também apareceu na prova de linguagens, códigos e suas tecnologias, segundo estudantes paulistas que já deixaram o local de prova, em São Paulo. Eles afirmaram ainda que, na prova de matemática, o Enem exigiu compreensão de gráficos e tabelas.

O enunciado incluso na prova de redação derrubou as suspeitas levantadas no sábado (22) de que o tema havia vazado e falaria sobre o povo indígena e a justiça brasileira. O MEC havia negado o vazamento no sábado.

Critérios
A redação do Enem é corrigida por dois corretores de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. A nota final corresponde à média aritmética simples das notas atribuídas pelos dois corretores. Caso haja discrepância de 300 pontos ou mais na nota atribuída pelos corretores (em uma escala de 0 a 1000), a redação passará por uma terceira correção, realizada por um supervisor.

A nota atribuída pelo supervisor substitui a nota dos demais corretores. De acordo com o edital, o Inep considera que a metodologia empregada na correção das redações contempla recurso de ofício.

Será atribuída nota zero à redação: que não atender a proposta solicitada ou que possua outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo; sem texto escrito na folha de redação, que será considerada "em branco"; com até sete linhas, qualquer que seja o conteúdo, que configurará "texto insuficiente"; linhas com cópia dos textos motivadores apresentados no caderno de questões serão desconsideradas para efeito de correção e de contagem do mínimo de linhas; com impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, que será considerada "anulada".

Correção da redação
Uma decisão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1) derrubou a decisão que obrigava o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a disponibilizar a correção das provas de redação do Enem 2011 na internet. A ação foi ajuizada pela Advocacia Geral da União (AGU) sob a alegação de que isto implicaria em atrasos em todo o calendário de realização das provas do Enem.

Ainda segundo a AGU, a liberação do acesso a mais de 6 milhões de provas demandariam a aplicação de milhões de reais na aquisição de equipamentos e serviços, para sua digitalização, criação e disponibilização na internet para o acesso simultâneo de milhões de pessoas. A AGU argumenta ainda que não existe qualquer indício de irregularidade ou prejuízo aos candidatos, já que os textos serão corrigidos por dois professores, de forma que se a diferença da nota for igual ou maior que 300 pontos, um terceiro corretor é escalado para corrigir a questão.

A liminar que autorizava a liberação da correção das provas foi expedida pela 5ª Vara da Seção Judiciária do Maranhão ao aceitar uma ação civil pública do Ministério Público Federal. O MP solicitava uma cláusula que garantisse aos candidatos o direito de obter vistas das provas discursivas com prazo para a formulação de recursos.

Em agosto, o Ministério Público Federal no Distrito Federal e o Inep assinaram, nesta quarta-feira (10), um acordo que garante aos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) o direito de ter acesso à correção (vistas) de provas a partir de 2012. Atualmente, este acesso não é permitido segundo o edital do Enem.

De acordo com o termo de compromisso de ajustamento de conduta, a medida terá caráter meramente pedagógico, ou seja, os candidatos não poderão apresentar recursos contra as correções.


Fonte: http://eptv.globo.com/campinas/noticias/NOT,1,1,375010,Redacao+do+Enem+traz+tema++viver+em+rede+no+seculo+21+.aspx

Prova do Enem aborda revolta árabe, caras pintadas, internet e combustível

22/10/2011 18h08 - Atualizado em 22/10/2011 19h49

Primeiro dia teve questões de ciências humanas e da natureza.
Estudantes consideraram a prova trabalhosa.

Temas como revolta árabe, internet, combustíveis, poluição e saúde pública foram abordados no primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com mais de 5,3 milhões de inscritos, o Enem promoveu neste sábado (22) as provas de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias, cada uma com 45 questões cada.

O G1 teve acesso a um exemplar da prova azul do Enem (baixe o arquivo, em PDF). A primeira questão da prova trata da primavera árabe e pergunta de que forma a internet influenciou os movimentos populares nos países do Oriente Médio. A prova também trouxe uma questão sobre o movimento dos jovens brasileiros no início dos anos 90, os "caras pintadas", que fez parte do processo que culminou com o impeachmente do então presidente Fernando Collor de Mello. A prova de humanas reuniu questões de história, geografia, sociologia e filosogia.

Primeiras páginas da prova de ciências humanas de um candidato do Enem (Foto: G1)

Primeiras páginas da prova de ciências humanas de um candidato do Enem (Foto: G1)


A prova de ciências da natureza abordou questões de física, química e biologia. Entre os temas abordados estão as fórmulas dos combustíveis, o desmatamento da mata atlântica, o vírus HPV e questões de genética.
Estudantes ouvidos pelo G1 consideraram a parte de química díficil. "Química estava complicada. Tudo parece mais difícil devido ao cansaço. Achei a prova muito longa", concluiu Christiano Adelino, estudante do Rio que concorre a uma vaga para o curso de engenharia. Ele terminou a prova em pouco mais de duas horas.

Primeiras páginas da prova de ciências da natureza de um candidato do Enem (Foto: G1)

Primeiras páginas da prova de ciências da natureza de um candidato do Enem (Foto: G1)
As provas foram consideradas “cansativas e trabalhosas” por estudantes paulistanos. O excesso de textos foi o maior motivo de reclamações. “Chegava uma hora que ficava chato ler tanto texto. Dava até preguiça. Chutei várias”, disse o estudante Lucas Vinícius dos Santos, de 17 anos. , um dos primeiros a terminar o exame no campus da Uninove situado na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo.

Neste domingo (23), o segundo dia do Enem terá provas de matemática e suas tecnologias, linguagens, códigos e suas tecnologias (que engloba português, lingua estrangeira - inglês ou espanhol, educação física e artes. Os portões serão fechados às 13h (no horário de Brasília).

Fonte: http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/10/prova-do-enem-aborda-revolta-arabe-caras-pintadas-internet-e-combustivel.html

domingo, 16 de outubro de 2011

Almoço para os Pais

O sotaque caipira que nasceu na cidade grande (Artigo)


Para quem gosta do sertanejo da gema, sem o oportunismo melado do romântico industrial, a música Rapaz Caipira, que Renato Teixeira compôs em 1999, ainda representa um marco contra o estereótipo usado pelo mundo urbano para idealizar o homem e o jeito de falar do interior.

“Qui m’importa, qui m’importa. O seu preconceito qui m’importa. Se você quer maiores aventuras, vá pra cidade grande qualquer dia. Eu sou da terra e não creio em magia. É só o jeito de um rapaz caipira.”

Se o rapaz caipira, imaginado por Teixeira, ou o violeiro pintado por Almeida Junior cem anos antes viajassem hoje para a cidade grande, talvez se sentissem ainda mais descaracterizados, não só pela música de hoje atribuída à sua cultura. Pois descobririam que o seu próprio sotaque – o r retroflexo ou arrastado, aquele que se pronuncia em fim de sílaba, como em “imporrrrta” – veio de lá mesmo, e não do interior. É o que afirma o professor da Universidade de São Paulo e pesquisador do CNPq Manoel Mourivaldo Santiago Almeida, coordenador de pesquisas sobre a história e a variedade do português paulista às margens do Anhembi, antigo nome do rio Tietê.

Almeida integra o chamado Projeto Caipira, um dos grupos do Projeto para a História do Português Brasileiro, que existe desde 1998 para historiar o idioma em São Paulo. Ele examina de material escrito antigo a oral atual em regiões paulistas situadas às margens ou próximas ao Tietê: Capivari, Itu, Piracicaba, Pirapora do Bom Jesus, Porto Feliz, Santana de Parnaíba, Sorocaba e Tietê.

Revisão
O que conhecemos hoje como sotaque ou dialeto caipira seria, assim, resultado de expansão ocorrida nos séculos 16 e 17 por todo país, não apenas em São Paulo, o que explica a familiaridade que garantiu o sucesso de tipos tão estilizados como Jeca Tatu e Chico Bento. Segundo Almeida, esse sotaque surgiu da cultura de miscigenação colonial em núcleos familiares paulistas, compostos por portugueses, índios de diferentes etnias e seus filhos mamelucos, e está em formação desde esses primeiros contatos ocorridos na extensa região do então planalto de Piratininga.

- A variedade se expandiu, a partir dos séculos 17 e 18, para o interior, tanto o paulista quanto o brasileiro, principalmente para Minas Gerais e o Centro-Oeste do Brasil, tendo como caminho as águas do Tietê, pela ação dos bandeirantes e monçoeiros (exploradores). Ao mesmo tempo, também para a região Sul, pela rota dos tropeiros – explica o professor.

Professora da Universidade Federal de Minas Gerais, coordenadora do Projeto Variação fonético-fonológica em Minas Gerais (Varfon-Minas), Maria do Carmo Viegas concorda com o estudo feito por Almeida, mas pondera que é preciso testar a descoberta em outros casos de uso do r.

- Em muitos falares do interior de São Paulo hoje há o r retroflexo preponderantemente e não na capital, mas isso pode não ter sido sempre assim. Creio que a origem está na relação bandeirantes e indígenas em vários pontos do estado, principalmente como descreveu o professor Almeida.

Lembremos que estamos falando do r em final de sílaba ou de palavra. Em outras posições, o r retroflexo entre vogais, como “caro”, e pronunciado em Americana, por exemplo, talvez tenha outra explicação – afirma.
Equívoco

A professora explica que há a hipótese de que tenha havido um equívoco na interpretação da pronúncia do r e do l em final de sílaba, interpretação essa feita por indígenas que não distinguiriam esses fonemas como no português e motivada pela proximidade articulatória entre o r retroflexo e o l, que àquela época seria velarizado, como ainda hoje o é na maioria dos falares portugueses.

- Os indígenas, principalmente do tronco tupi, acompanhavam as bandeiras. A hipótese da interpretação indígena é compatível com a difusão feita pelos bandeirantes paulistas. A falta do r retroflexo no inventário de fonemas das línguas do tronco tupi citada como contra-argumento à hipótese da influência indígena, no meu entendimento, a reforça. É a falta do r retroflexo no seu inventário que causa a interpretação equivocada – diz.

Até então reinava o senso de que o sotaque caipira teria nascido no interior paulista, em especial no Médio Tietê, que inclui regiões de Campinas, Piracicaba e Sorocaba.

- Todos que tendem a pensar assim estão fazendo um recorte no tempo, em um contexto presente. Esquece-se o percurso histórico da origem e a formação do que hoje é esse estado, sua capital e seu interior. É como se essa variedade do português do Brasil, o dito sotaque ou dialeto caipira, fosse fruto de ações recentes, apenas. Enxerga-se a região da capital e, da mesma forma, do interior como é hoje – explica Almeida.

Chico Bento: estilização cujo sucesso se explica pela expansão do sotaque não só no interior paulista
Variantes

Para Neusa Bastos, professora do curso de letras do Mackenzie, é preciso perceber que entre os sotaques interioranos há inúmeras variantes.

- A cultura caipira tem características de religiosidade católica tradicional intensa, de inúmeras superstições e de um rico folclore. Além disso, houve tantas influências a partir do século 16, intensificadas por uma política de língua imposta por Portugal no século 18 e por uma “nova língua” portuguesa usada no século 19, que se pode dizer que o sotaque caipira não tem uma origem definida – explica.

Toda variedade linguística passa por contínuas variações em sua história. Por isso, é necessário considerar muitos aspectos históricos, sociais, culturais, desde os primeiros contatos linguísticos ocorridos em São Paulo, no século 16, quando essa região ainda não era a capital.

- Levando isso em conta, é possível perceber que esse sotaque ou dialeto ou variedade, que chamamos caipira, teve sua origem em lugar distinto do que hoje conhecemos como interior – acrescenta o professor Almeida.

Americanos
Outra lenda testada pelos pesquisadores é a de que o sotaque da região do Médio Tietê seria fruto da colonização de norte-americanos.

De acordo com o professor Almeida, isso não passa de hipótese. A presença americana tem sua parcela de influência significativa no sotaque caipira, mas não única.

- É necessário considerar toda a história social da região desde o início da colonização, passando pelos bandeirantes, monçoeiros, tropeiros até hoje.

O caipira é considerado exclusivo se forem tomadas as mesmas características identificadas na região do Médio Tietê (da sintaxe ou das construções da frase, do semântico-lexical ou do vocabulário e seu sentido, e da fonética ou da pronúncia, incluindo a prosódia, canto ou “maneira de falar”).

- Mas quando analisamos alguns desses fenômenos isolados atribuídos ao dialeto caipira do Médio Tietê, essa exclusividade não faz sentido – afirma Almeida.

De acordo com ele, o r retroflexo pode ser encontrado em todas as regiões do Brasil. O mesmo ocorre com o rotacismo – quando no lugar do l se pronuncia um r, como em “pranta” (planta). Esse fenômeno também pode ser encontrado em todas as regiões brasileiras e está mais relacionado a variáveis ou aspectos sociais, como a escolaridade do falante, do que a motivos dialetais circunscritos a uma região. Sendo assim, esses dois fenômenos passam a ser características do português popular brasileiro.

Em virtude do frequente contato com o português europeu, pela mídia ou por migração, traços de sotaque daqui podem também passar a ser características do português de lá.

Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 13 de outubro de 2008, José de Souza Martins, professor de sociologia da Faculdade de Filosofia da USP, lembra da influência da língua nheengatu no dialeto caipira. Idioma híbrido, usado na comunicação entre europeus, índios e negros dos tempos dos bandeirantes, o nheengatu chegou a ser falado por paulistas até o começo do século 19.

Orêia
Em 1727, Dom João V proibiu que no Brasil se falasse a língua geral. Seus falantes, no entanto, não conseguiam fazê-lo senão com forte sotaque. Os nativos da costa não conheciam certas consoantes e seus sons, as consoantes dobradas e as sem complemento de vogal. Daí “relho” virar “rêio”, “orelha” tornar-se “orêia” e “mulher”, “muié”. O século 18, escreve Martins, virou o da guerra das vogais contra as consoantes.

“Vogais foram enfiadas pelo meio das consoantes para torná-las pronunciáveis, o ‘mel’ virou ‘mele’, a ‘flor’ virou ‘fulô’. Consoantes finais como as do infinitivo foram suprimidas. Em vez de ‘falar’ aqui se continuou a ‘falá’. Os ‘zóio’ do povo enfrentaram os olhos do rei, o ‘vossa mercê’ dos mandões tornou-se o ‘mecê’ dos mamelucos.”

Talvez seja por isso, pondera o professor, que em São Paulo se escreve em português e se pensa em dialeto caipira, “na fala descansada, adocicada e esticada pelas vogais, o r atenuado pela metade de um som intruso de u, até mesmo quando ministros paulistas do STF leem seus judiciosos pareceres”.
O r arrastado pode ter mudado seu endereço de nascimento, mas continua a ser uma marca de identidade caipira.

Como surgem os sotaques
Os sotaques surgem por vários fatores, entre eles, históricos, geográficos e socioculturais. O primeiro deles relaciona-se às épocas em que a língua recebe influências diversas de outros grupos linguísticos por questões de dominação de diversas naturezas. O segundo, o geográfico, refere-se aos locais em que os contatos linguísticos são estabelecidos. Já o terceiro fator, o sociocultural, diz respeito às várias classes sociais, níveis de escolaridade, faixas etárias etc. A diversidade dos povos e seus idiomas contribui diretamente na maneira peculiar de falar de cada região.

- Os sotaques surgem a partir das variantes de acordo com a formalidade ou informalidade da situação comunicativa em que se encontram os sujeitos falantes submetidos sempre aos fatores expostos acima

– afirma Neusa Bastos, professora do curso de letras do Mackenzie.

Por ter origem em diversos eventos pelos quais passou em sua história e não em exclusivamente um só, o dialeto, o sotaque ou a variedade linguística vai se formando, dependendo da consideração positiva ou negativa dos falantes em relação à(s) variedade(s) de contato. Portanto, de acordo com o professor da USP Manoel Mourivaldo Santiago Almeida, é muito comum que os sotaques se mantenham, mas com variações, “o que é natural”.

Autor: Adriana Natali

Fonet:http://www.brasilcultura.com.br/sociologia/o-sotaque-caipira-que-nasceu-na-cidade-grande-artigo/

Como conquistar o primeiro emprego em TI

Sobram vagas na área, mas a exigência das empresas é grande. Para garantir um posto, é fundamental ter sede por conhecimento e atualização


James Della Valle,
Procura-se profissional de tecnologia
Mercado de TI: área pede atualização constante dos profissionais

São Paulo - O Senac de São Paulo estima que existam atualmente 100.000 vagas abertas na área de tecnologia da informação (TI) em todo o Brasil. É uma má notícia para a economia do país, que carece de profissionais competentes. Mas é uma grande oportunidade para jovens oriundos de cursos universitários e técnicos que aspiram a uma oportunidade. Para de fato abocanhar uma daquelas 100.000 vagas, alertam analistas e profissionais em atuação na área, é preciso investir na formação e no aprendizado contínuo.

"O ingresso na carreira é sempre difícil, pois as empresas exigem muitos conhecimentos e até experiência anterior dos candidatos", diz Elias Roma Neto, coordenador do curso de TI do Senac. "Mas é importante compreender que esse processo funciona como um filtro para reduzir esforços na seleção: só assim as companhias atraem os profissionais desejados."
Em geral, as companhias – grandes ou pequenas – exigem conhecimentos que estão além do transmitido pelas instituições de ensino. Nesse caso, o coordenador do Senac orienta os candidatos a focar em uma determinada área de TI, dominando habilidades específicas e estudando até particularidades do negócio da empresa que está na mira. "Sim, os candidatos precisam ver as exigências do possível empregador antes de fazer o teste de admissão", diz. "É o que fazem candidatos qualificados de qualquer área: estudam a empresa em que querem atuar." Nas situações em que experiência prévia é exigida, vale outra orientação. Demonstrar potencial na hora da entrevista pode substituir horas de voo.
Ao lado da alta exigência por parte das empresas, a insuficiência na formação acadêmica é apontada – por analistas e candidatos – como um dos obstáculos mais duros a ser vencidos. Entre as principais reclamações dos alunos, estão a falta de foco das instituições de ensino, acusadas de oferecer apenas conhecimento básico.

Ficam de fora saberes exigidos pelo mercado e que fazem grande diferença no currículo de qualquer um que queira ir longe. É o caso das certificações que atestam a proficiência dos estudantes em áreas como linguagens de programação, bancos de dados, sistemas de segurança e criação de projetos – os preços desses cursos variam entre 900 e 9.000 reais. São cifras proibitivas para muitos profissionais em início de carreira.

 

Danilo Bordini, de 33 anos, 15 deles dedicados a TI, passou por esse problema. Desbravou caminhos e atualmente é gerente de produto para soluções de datacenter e virtualização da Microsoft. Assim que se formou, ele estabeleceu uma estratégia: realizou dois cursos que lhe garantiram duas certificações. Depois, passou a estudar por conta própria, o que tornou o processo menos oneroso: comprava os livros e só pagava pela realização do exame, sempre feita por empresas credenciadas. "Ser autodidata é uma capacidade importante nessa carreira", diz Bordini. "Mas há uma recompensa: algumas empresas valorizam isso. Por isso, cresci no mercado". É fato: trabalhando há seis anos na gigante do software, já fez apresentações até para Steve Ballmer, atual CEO da Microsoft.

Curiosidade em altas doses e sede por atualização são indispensáveis no setor de tecnologia, que, como poucas áreas, muda em altíssima velocidade. Bordini aposta ainda que aspirantes a um lugar em TI devem acrescentar ao metiê técnico saberes provenientes de outras áreas. "Possuir conhecimentos de administração de empresas, comunicação e relacionamento pessoal são o alicerce de quem quer construir mais e mais alto", diz o executivo.

Fonte: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/como-conquistar-o-primeiro-emprego-em-ti?page=2&slug_name=como-conquistar-o-primeiro-emprego-em-ti

Um novo olhar sobre o câncer

Um dos mais renomados oncologistas do país, Paulo Hoff avisa: a doença deixou de ser uma sentença de morte

por Theo Ruprecht • design Laura Salaberry • foto Silvia Zamboni

 
Quando a palavra tumor vem à mente, não é incomum associá-la ao medo que os tratamentos contra esse mal despertavam. Não sem motivos. Há cerca de 20 anos, eles eram mais agressivos e sua taxa de sucesso, baixa. A situação atualmente é outra, mas o tabu persiste. É para dar cabo desse temor infundado que Paulo Marcelo Hoff, diretor-geral do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, luta todos os dias. Esse também é um dos objetivos do livro Como Superar o Câncer (Editora Abril), de autoria de Hoff, ao lado de um time de especialistas do hospital. Nesta conversa, o oncologista deixa claro que há cada vez mais saídas para a doença — e que conviver com ela não é mais um pesadelo interminável.

SAÚDE - O que mudou no combate ao câncer de alguns anos para cá?

PAULO HOFF - Felizmente, muita coisa. Décadas atrás, grande parte dos pacientes nem recebia a opção de se tratar. Eles eram mandados de volta para casa. De lá para cá, houve um aumento na expectativa de cura e um grande crescimento na sobrevida dos indivíduos com tumores não curáveis. Talvez um dos maiores avanços tenha sido o desenvolvimento de medicamentos que minimizam os efeitos colaterais. No início dos anos 1990, um paciente tratado com o quimioterápico platina tinha que ficar internado. Esperava-se que ele vomitasse de 20 a 30 vezes por dia e ficasse desidratado. Hoje a pessoa vem até o ambulatório, toma sua platina, um pouco de soro e aí vai embora. O que mudou? As medicações de apoio, que trouxeram um novo panorama e possibilitaram uma abordagem mais agressiva contra o câncer, proporcionando resultados melhores. Tudo isso modificou a percepção que se tem da doença.

O senhor fala do tabu com o câncer…
Eu não sei se na sua, mas na minha família não se falava essa palavra. Tenho uma tia que chamava o câncer de "a coisa" ou "aquela doença".

E o tabu com a palavra sobrevida?
É impossível determinar a expectativa de vida de uma pessoa com câncer, seja ele qual for. O problema é que um grande número de pacientes quer saber quanto vai viver. Então, o médico acaba sendo forçado a fazer estimativas com base em estudos que servem para ver o benefício de um tratamento específico na população em geral. E essa resposta pode não agradar. Mas duas décadas atrás a expectativa de sobrevida para parte dos tumores avançados era inferior a um ano. Hoje é frequente que ela esteja acima dos três — isso nos casos avançados. E lembrando que, do ponto de vista individual, alguns vão ficar vivos até dez anos depois.

É por essa razão que o câncer passou a ser considerado uma doença crônica?
Sim. Mesmo quando não há possibilidade de cura, o indivíduo tende a viver por um longo período. Sempre lembro aos meus pacientes quando eles têm dúvidas se viverão bem com um câncer que, em 1945, o presidente americano Franklin Roosevelt morreu por complicações de pressão alta, hoje algo impensável. Mas é raro conseguir curar a hipertensão. Uma vez diagnosticada com o problema, a pessoa vai se tratar pelo resto da vida. Mesmo assim, ela nem considera ter uma doença, de tão controlada que está. Não chegamos a esse nível com relação ao câncer, mas já avançamos muito. A vida hoje, para quem tem um tumor, é consideravelmente melhor do que antes.

O senhor está otimista com o futuro do combate à doença?
Há muitas novidades surgindo. Existem mais de 800 remédios em fase de pesquisa. Se uma fração deles for efetiva, o número de medicamentos disponíveis terá mais do que dobrado. Uma das coisas que mais esperamos é uma maior individualização do tratamento. O aumento da quantidade de informações e da compreensão sobre o câncer fez crescer o número de alvos das terapias, e isso deve levar a um benefício para os pacientes com as mais diversas particularidades.

As pessoas se confundem com tantas informações sobre o câncer?
Isso é muito comum, principalmente quando uma celebridade tem a doença. Todos querem saber por que o famoso pode se submeter a um procedimento e eles não. O que escapa é que as situações nunca são iguais. Existem centenas, ou talvez milhares, de opções terapêuticas, que dependem de outras centenas de possíveis apresentações do tumor. Por isso o livro Como Superar o Câncer é tão importante. Além de satisfazer a curiosidade, ele embasa o paciente, seus familiares e amigos para uma discussão mais compreensiva com o médico.

Fonte: http://saude.abril.com.br//edicoes/0341/medicina/novo-olhar-sobre-cancer-640601.shtml

domingo, 9 de outubro de 2011

Dia das Crianças

Neste último sábado, dia 08/10/2011 a Programa Escola da Família Ataliba de Oliveira realizou uma programação diferente à fim de promover o dia das crianças.

Foi feita uma oficina, para conscientizar os jovens à respeito dos males que o mosquito da dengue pode causar, bem como as prevenções que devem ser tomadas.Foi realizado, também, um almoço comemorativo à data para todas as crianças da comunidade que envolvem a Escola Ataliba de Oliveira.












'Não pode se acomodar', diz gerente que começou como temporária

Especialista diz que vaga de curto prazo deve ser encarado como efetiva.
Série do G1 dá dicas sobre como conseguir emprego temporário.

Karoline Zilah e Marta Cavallini Do G1 PB e em São Paulo
 
 
O que poderia ser apenas uma fonte de renda temporária se transformou em carreira para a comerciária Fernanda Ferreira, de 31 anos. Ela foi contratada por 3 meses em uma loja da Paraíba e conseguiu ser efetivada após o período. Em 1 ano de contrato, ela escalou diversas funções e conquistou a confiança de chefes e clientes na franquia onde atua, chegando a gerente.

A trajetória de Fernanda começou em maio de 2007, quando ela foi indicada por uma amiga para reforçar a equipe de uma loja de confecções para a época do São João, uma das mais movimentadas do ano no comércio de Campina Grande. O contrato, que seria de apenas 45 dias, foi renovado pelo mesmo período e evoluiu para a assinatura da carteira de trabalho.

Antes de ter contato direto com os consumidores, Fernanda trabalhou como estoquista e caixa da loja de confecções, até que foi transferida como vendedora para uma loja de calçados do mesmo grupo. O diferencial, segundo ela, foi sempre se mostrar disposta a novos desafios e responsabilidades. "Todo temporário sofre a angústia de saber se vai ser efetivado. Antes disso, como funcionária em teste, achei primordial mostrar que eu tinha capacidade para fazer mais e melhor. A gente não pode se acomodar", aconselha.

Para a gerente, ter começado "por baixo" e passado por várias funções dentro da empresa foi essencial para adquirir conhecimento e hoje administrar a loja. "Temos que conhecer todos os segmentos do nosso trabalho para suprir as necessidades na hora que algum colega faltar ou que a equipe estiver desfalcada. Assim o nosso trabalho vai sendo reconhecido", diz.

Inquieta, ela diz aproveitar cada treinamento para aperfeiçoar seu trabalho. Sob sua administração, a loja ganhou 2 prêmios nacionais entre as franqueadas por atingir metas de vendas. Apesar do sucesso alcançado, Fernanda diz que enxerga mais perspectivas pela frente: "Acredito que meu trabalho não para por aqui. Com certeza tenho espaço para crescer."

Ver trabalho temporário como efetivo
Renato Grinberg, diretor-geral da agência Trabalhando.com Brasil, diz que o primeiro passo para ser efetivado é encarar o trabalho temporário como se fosse um emprego fixo. É importante chegar no horário e mostrar que está comprometido e quer fazer a diferença.

Para o especialista, a pessoa trabalhar com o que gosta e se identifica dobra as chances de conseguir a efetivação: "Se fizer aquilo que gosta ajuda tremendamente a ter progresso, faz tudo com muito mais prazer. Se for só para ganhar dinheiro, as chances de progredir são muito menores".
série 'trabalho temporário'

Grinberg avalia que a postura no ambiente dentro e fora do local de trabalho é fundamental. "A pessoa tem que lembrar que todos os movimentos dela, até mesmo na hora de almoçar, de tomar café, contam pontos positivos e negativos. Não convém falar palavrão, fazer fofoca, falar mal das pessoas", aconselha.
O diretor afirma que quem pretende ser efetivado deve tentar ser observador e proativo ao mesmo tempo, além de saber aprender com os colegas. "Vão ter empregados que conhecem melhor o funcionamento do estabelecimento, tem que mostrar que está ali para aprender e ver os colegas como aliados, não como competidores", explica. "Muitas vezes é preciso falar antes com um colega efetivado antes de falar com o gerente, tem que respeitar a hierarquia para ganhar aliados."

Outro conselho do especialista é não ficar criticando o que é feito no local de trabalho, pois pode parecer arrogância. "Não pode tomar certas atitudes no começo, como querer mudar a vitrine, por exemplo, pois pode passar a impressão de querer mostrar serviço perante os demais e de competitividade".
saiba mais
 
Para chegar ao topo, como aconteceu com Fernanda, também é necessário ter cautela, afirma Grinberg: "Pode ter ambição de atingir cargos mais elevados, é fundamental que a pessoa queria ser gerente, supervisor, mas tem que traçar estratégias, no primeiro mês o ideal é só observar."

Se a contratação não acontecer, ao menos o profissional terá agregado experiência e aumentado sua rede de contatos, lembra o especialista. "Nem todas as pessoas vão ser contratadas mesmo, mas quem está fazendo esse trabalho bem feito, mesmo que não consiga [a efetivação], cria boa referência para conseguir outros trabalhos."

Fonte: http://g1.globo.com/paraiba/noticia/2011/10/nao-pode-se-acomodar-diz-gerente-que-comecou-como-temporaria.html

''O Ensino Médio que está aí não faz sentido"

Marilza Regattieri: ''O Ensino Médio que está aí não faz sentido''

Pesquisadora da Unesco propõe para o Esnino Médio currículos mais dinâmicos e que ofereçam aos alunos uma formação integral

Verônica Fraidenraich mailto:veronica.fraidenraich@abril.com.br, de Brasília, DF
Marilza Regattieri. Foto: Carol de Góes
Marilza Regattieri
 
O cenário do Ensino Médio no Brasil é triste. Os resultados nas avaliações nacionais e internacionais são fracos, os índices de reprovação e evasão são altos, há queda no número de matrículas e faltam professores especialistas. O desânimo é tanto que a maior taxa de abandono ocorre logo no primeiro ano do segmento. Em 2010, 12,5% dos alunos recém-ingressos deixaram de ir à escola, contra 7,6% no 3º ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), essa etapa de conclusão da Educação Básica tem de garantir as aprendizagens necessárias ao desenvolvimento de conhecimentos e atitudes e práticas sociais e de trabalho. Isso significa que o jovem, ao se formar, poderá ingressar na vida adulta de forma digna seja qual for o caminho que quiser seguir. Mas não é o que ocorre.

Na tentativa de mudar esse quadro, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) desenvolveu, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), dois modelos de currículos: os chamados protótipos de Ensino Médio de formação geral e o Integrado. O objetivo é estimular o debate e ajudar os sistemas de ensino a construir propostas curriculares e revisar o projeto político-pedagógico.

A economista Marilza Regattieri, que cuida da área de Ensino Médio e Educação profissional da Unesco há 13 anos e participou do estudo - cujo relatório completo será publicado neste semestre -, diz que é preciso garantir à instituição a escolha de um modelo segundo a realidade e o perfil de seus alunos. "Ao verem considerados os seus anseios, eles passam a ter outra relação com a escola. Ficam mais interessados", diz Marilza. Leia a seguir a entrevista que ela concedeu a GESTÃO ESCOLAR.

Qual o principal gargalo do Ensino Médio hoje no Brasil?
MARILZA REGATTIERI
É o currículo. Há uma diversidade muito grande em relação a condições socioeconômicas, sonhos, expectativas e visões da juventude sobre o mundo. Apesar disso, o que se observa é uma escola única, que pouco diferencia as suas formas de atendimento e organização do Ensino Médio. A discussão, portanto, precisa se centrar no currículo, em aprendizagens que garantam ao cidadão, ao sair da escola, o preparo para continuar os estudos e evoluir enquanto pessoa e profissionalmente. Assim, ele estaria apto para desenvolver habilidades que qualquer tipo de trabalho demanda, na escrita, na fala, na construção do raciocínio lógico e no domínio de uma Língua Estrangeira. Embora isso esteja previsto na LDB, não chega a ser efetivado.

Qual a sua avaliação sobre as políticas públicas vigentes para o segmento?
MARILZA
O Ensino Médio que está aí não faz sentido. Houve o amadurecimento na oferta e na gestão das políticas do setor - a exemplo dos catálogos nacionais de cursos técnicos e de tecnologia e de programas como o Ensino Médio Inovador -, mas faltam medidas que acompanhem o dinamismo que a comunidade escolar e o mercado de trabalho exigem. A integração curricular entre Ensino Médio e Educação profissional ainda é incipiente. É preciso uma proposta pedagógica que sistematize isso melhor.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/marilza-regattieri-fala-curriculo-ensino-medio-642461.shtml

domingo, 2 de outubro de 2011

Dias das Crianças


Oficina - Cibercultura

A cibercultura é a relação entre as tecnologias de comunicação, informação e a cultura, emergentes a partir da convergência informatização/telecomunicação na década de 1970. Trata-se de uma nova relação entre tecnologias e a sociabilidade, configurando a cultura contemporânea (Lemos, 2002).

O princípio que rege a cibercultura é a “re-mixagem”, conjunto de práticas sociais e comunicacionais de combinações, colagens e cut-up de informação a partir das tecnologias digitais. As novas tecnologias de informação e comunicação alteram os processos de comunicação, de produção, de criação e de circulação de bens e serviços.